sexta-feira, 10 de maio de 2013

Entrevista com Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R.


Entrevista
Em 2013, as Visitas Canônicas do Governo Provincial pretendem reforçar o trabalho dos Redentoristas como um corpo de serviço evangelizador aos mais abandonados, ampliando o diálogo e a participação nas atividades de cada comunidade da Província. Em entrevista ao AKIKOLÁ, o Superior da Província do Rio, Pe. Vicente Ferreira, C.Ss.R., fala sobre o projeto.


Qual é o objetivo principal das visitas canônicas?
Conforme o Estatuto Geral da Congregação (0155), “para que possa animar e coordenar a (Vice) Província, o Superior (Vice) Provincial deve conhecê-la. Por isso, a fim de promover o diálogo, não só receba de boa vontade os confrades, mas também visite com frequência as comunidades, participando da vida dos confrades. Ao menos a cada triênio, faça a visita canônica de toda a (Vice-) Província”. Sendo assim, o Governo Provincial decidiu realizar as visitas por estarmos em mais da metade do quatriênio e por ser um tempo favorável para avaliações e partilhas sobre a vida comunitária e pastoral.

De que forma as visitas estão sendo realizadas?
Os encontros estão sendo realiza dos pelo Provincial e um Conselheiro em todas as comunidades da Província. São reuniões, conversas individuais e celebrações. Além desse roteiro oficial, a Província iniciou o processo de catalogação dos bens culturais de cada comunidade, assim como a reorganização dos arquivos locais.

Haverá espaço para uma conversa com leigos, jovens redentoristas e lideranças pastorais?
Isso depende da disponibilidade, programação e necessidade de cada comunidade. Sendo possível, todo encontro é sempre bem-vindo. Por exemplo, em Curvelo (MG), onde foi realizada a primeira visita, em abril, foi uma experiência bonita e gratificante conhecer mais de perto o grande trabalho da Obra Social São Geraldo.

Como ficou definida a agenda desse projeto?
* 24-26 de abril: Curvelo (MG)
* 06-08 de maio: CVDM - Belo Horizonte (MG)
* 13-15 de maio: Coronel Fabriciano (MG)
* 05-07 de junho: São José - Belo Horizonte (MG)
* 19-21 de junho: Frei Gaspar (MG)
* 01-03 de julho: Cariacica (ES)
* 05-08 de agosto: Campos (RJ)
* 13-15 de agosto: Rio (RJ)
* 19-23 de agosto: Glória, CVSA, CVSC - Juiz de Fora (MG)         
* 03-05 de setembro: Floresta - Juiz de Fora (MG)

Brenda Melo
Juiz de Fora, MG

FONTE: AKIKOLÁ de Maio/2013

Homenagem às Mães - Província do Rio


Ano de Promoção da Vocação Missionária Redentorista


O Governo Geral Redentorista declarou, através de carta enviada pelo Superior Geral, Pe. Michael Brehl, C.Ss.R., o “Ano de Promoção da Vocação Missionária Redentorista” em todas as unidades da Congregação do Santíssimo Redentor, iniciando com a festa de Santo Afonso,1º de agosto de 2013, e indo até a data de fundação da Congregação,  09 de   novembro de 2014.

O ano vocacional será anunciado oficialmente durante a Jornada Afonsiana, no dia 22 de julho, em Aparecida (SP), e celebrado em 1° de agosto, na Igreja de Santo Afonso, no Rio de Janeiro (RJ). “Que o Espírito Santo guie nossos esforços e iniciativas. Confiamos esse ano especial aos cuidados de Maria, nossa Mãe do Perpétuo Socorro. Seu ‘sim’ a Deus continua a ressoar no coração de todos os Missionários Redentoristas”, declarou o Superior Geral.

A criação de um ano dedicado à promoção da vocação missionária foi proposta pelo Secretariado Geral de Formação em março deste ano. De acordo com o Pe. Brehl, as visitas canônicas têm dado destaque aos desafios atuais apresentados pelo ministério vocacional e de promoção. “Em cada Conferência, percebemos que as unidades devem focar sua atenção nessa dimensão essencial de nossa missão, e determinar passos concretos e ações para a atuação desse importante ministério”, afirmou o Redentorista.
 
 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Asas do Espírito, uma força amorosa



Asas do Espírito, uma força amorosa


 “No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta. E
 no planeta um jardim e no jardim um canteiro e no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta” 
(Cecília Meireles)

O mistério do sem fim, coração do homem. Capaz de tamanhas façanhas na amplidão infinita de céu e terra. Ah que se curvar, pelo caminho afora, diante dos encantos mais variados e, muitas vezes, mãos postas, deixar surgir alguma silenciosa prece. Acenos que se interpõem nos horizontes, verdadeiros sinais da paz inquieta dos caminhantes. Uma flor de borboleta pode dar asas ao coração e trazer, de perto ou de longe, inspirações alvissareiras. Humano, de alma vazia, sem sonhos, não consegue alcançar respiro suficiente para cruzar barreiras. Existência amarga daqueles que não sentem o gosto da poesia, da arte, da música boa. Entre tantos estigmas, é possível colher do fundo da gente, como mestra de outros, a sensibilidade sagrada de quem se encanta e por isso louva e cuida dos divinos e graciosos dons. “Olhai os lírios do campo como crescem: não trabalham nem tecem. Entretanto vos digo que nem Salomão, no auge de sua glória, vestiu-se como um deles” (Mt 6, 28-29).  
Sim! Há os que se aperfeiçoam nas ciências capazes de incríveis aparatos técnicos. E o que dizer dos gênios inventores ou descobridores dos mais sutis enigmas naturais? Entretanto, um momento, por favor! O louvor de hoje vai para as cálidas mãos ágeis, para os cansados pés de poeira, para as inquietas mentes que projetam as mais bonitas construções amorosas. Não cuidam de objetos somente, seu moço, mas sim de histórias. São os que insistem, mesmo contra correntes, na construção de cenários solidários. Acolhem vidas,mais que máquinas; promovem almas, mais que aparelhos. Exemplos? Como fio condutor de uma nova consciência humana e cristã, as obras sociais, também as redentoristas, confeccionando um verdadeiro tapete de solidariedade no duro chão dos necessitados. Espalhadas pelas comunidades amparam, incentivam, promovem o que poderia ser apenas silenciado pela violência dos insensíveis. Verdadeiro sopro que desperta os dons; para além de números, vidas. Aliás, estatística tem esse defeito: não mede amor fraterno, graças a Deus! 
Aproveitando a ocasião, um grande aplauso à colorida presença feminina nessas frentes de cuidados humanos. Zelo, sensibilidade, lançando sempre o bom perfume no resgate da dignidade do viver, e até mesmo descobrindo boas oportunidades de inserção afetiva e social. Mães, mulheres, jovens ou adultas, instrumentos do Santo Espírito, arejando a existência endurecida pelos indiferentes. Ganham novas asas as crianças carentes, os jovens sem rumo, os velhos descuidados. Belas asas de borboleta como brotos que largam seu casulo e felizes voam. Que maestria, não é mesmo? Haveria maior recompensa para quem cuida, do que ver uma minúscula criatura sair de sua pequenez e voar? Mais que isolados trabalhos, é bom de ver uma rede fraterna se fortalecendo. E no final do dia poder dormir, ainda que pecador, contagiados pela salvação do amor. 
Antes de terminar, um aviso, camarada! Sem essa de pensar que somente pode dar quem já tem muito. Os que mais doam de verdade são aqueles que se descobriram, no chão finito de si mesmos, que sem a graça que distribui os dons, nada poderiam, nem mesmo viveriam. Veja o equilíbrio manso das asas de uma borboleta e tente imitá-la. Certamente não conseguirá. No entanto, irá mais longe ainda se não barrar o sopro do espírito que mora na casa de sua vida. Cuidado, porém, porque Ele é sutil demais para os apressados, para os agitados, pretensiosos, cheios de si. Somente habita a morada dos mansos, dos que guardam no peito o desejo de Deus e o empenho pelo amor fraterno, grandes asas que equilibram as coisas humanas entre seu pequeno planeta e o sem-fim. 
Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. - Superior da Província Redentorista do Rio