No próximo dia 26 de setembro, a Congregação do Santíssimo Redentor completa 110 anos sem a presença do Beato Gaspar Stanggassinger. Conheça a história deste missionário redentorista, que faleceu aos 28 anos de idade.
“Os santos têm intuições especiais - escreveu Pe. Stanggassinger - O que é importante para mim, que não sou santo, são as simples verdades eternas: a encarnação, a redenção e a Santíssima Eucaristia”.
Gaspar Stanggassinger, nascido em 1871, em Berchtersgaden, sul da Alemanha, era o segundo de 16 irmãos. Seu pai, homem respeitado por todos, era fazendeiro e explorava uma pedreira.
Desde a adolescência, sentiu um crescente desejo de ser sacerdote. Em seus primeiros anos, Gaspar brincava de padre “pregando” breves sermões a seus irmãos e irmãs, os quais ele costumava levar em procissão a uma capela entre as montanhas perto da sua casa.
Aos 10 anos, foi para Freising, a fim de continuar os estudos. Com uma vontade forte, notável dedicação e fidelidade à oração, fez constantes progressos. Nos anos seguintes, durante as férias, começou a reunir ao seu redor grupos de garotos para formá-los na vida cristã, criar uma comunidade entre eles e organizar o seu tempo livre. Todo dia, o grupo ia à missa, passeava ou fazia uma romaria. Era admirável a dedicação de Gaspar para com eles e chegou a ponto de arriscar sua vida para salvar um garoto em perigo na subida de uma montanha.
Gaspar entrou no seminário de Munique e Freising em 1890 para começar o estudo da teologia. Para melhor discernir a vontade de Deus, seguiu voluntariamente um rigoroso programa de oração. Sem tardar, teve a certeza de que o Senhor estava chamando-o para a vida religiosa. Com efeito, após uma visita aos Redentoristas, teve a inspiração de seguir sua vocação missionária. Não obstante a oposição do pai, entrou para o noviciado redentorista de Gars em 1892, e foi ordenado sacerdote em Regensburg, em 1895. Gaspar Stanggassinger entrou na Congregação do Santíssimo Redentor com a intenção de ser missionário. No entanto, foi nomeado pelos superiores para formar os futuros missionários como vice-diretor do seminário menor de Durrnberg, perto de Hallein. Dedicou-se totalmente a esta responsabilidade.
Como religioso, fez voto de obediência e viveu-o com transparência e de modo consistente. Toda semana, passava 28 horas ensinando nas salas de aula. Aos domingos, nunca deixou de prestar serviços nas igrejas das aldeias vizinhas, sobretudo na pregação. Embora as regras da formação naquele tempo fossem muito rigorosas, Gaspar nunca agiu rispidamente, e cada vez que ele tinha a impressão de ter sido injusto com alguém, pedia desculpas sem demora e humildemente.
Profundamente devoto de Jesus na Eucaristia, convidava os rapazes e os fiéis aos quais pregava a recorrer ao Santíssimo Sacramento nas horas de necessidade e ansiedade. Exortava-os a ir até Jesus para adorá-lo e falar-lhe como a um amigo. Suas pregações eram contínuos apelos aos fiéis para levar a sério a vida cristã, crescendo na fé por meio da oração e da conversão contínua. Seu estilo era direto e cativante, sem ameaças de castigos como era comum nos sermões da época.
Em 1899, os Redentoristas abriram um novo seminário
A causa da beatificação começou em 1935, com a trasladação do corpo para a capela lateral da igreja de Gars. No dia 24 de abril de 1988, foi proclamado bem-aventurado pelo Santo Padre, o Papa João Paulo II.
Fonte: C.Ss.R.
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