Nosso mundo, Igreja, Congregação, Província atravessam processos intensos de transformações. Atualmente, nós, Redentoristas dessas terras capixabas, mineiras e fluminenses, entramos num grande movimento de reestruturação de nossas comunidades religiosas. Mudanças! Diante delas, algumas cenas povoaram meus pensamentos. Imagens diversas, coloridas com sonhos bons e também distorcidas por preocupações. Eis aí um pouco desse cenário.
Mudar é difícil, mas é também chance. O próprio ato de nascer não nos foi assim tão simples. Sendo doloroso, foi ele que nos possibilitou encontrar um mundo novo. Então, se a novidade assusta, ela também abre o futuro. No caso dos religiosos (nosso caso), a vocação missionária nos impulsiona em direção a um constante peregrinar com Jesus e seus prediletos. Seguimos aquele apelo do Cristo: vamos a outras margens. Além disso, pensei, nesses dias, nos milhões de irmãos que deixam casa, terra, pátria e se colocam numa grande e insegura aventura para ganhar a vida. Mudanças forçadas que fazem circular um contingente enorme de pessoas e muitas vão correndo, anônimas, em busca de uma básica sobrevivência. Agradeci a Deus porque ainda temos uma casa, uma paróquia, um santuário, uma comunidade que nos acolhe e nos reconhece. Por fim, pensando na Igreja, lembrei-me das realidades que não podem contar com a presença sequer de um padre. Será que nossas mudanças não deveriam ser ainda maiores para chegarmos até essa gente?
É isso, irmão e irmã de caminhada. Só peço a Deus que não soframos da neurótica postura daqueles que “choram de barriga cheia”. Sejamos dóceis e abertos ao futuro que nos chega. A propósito: tenho comigo um pequeno documentário “quem mexeu no meu queijo”. Caso você tenha um tempinho, confira.
Paz!
Autor: Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R.
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