A devoção de Santo Afonso pelo presépio nos convida, nesse período do Natal, a repensar nossa vida a partir desse mistério. Será que temos construído presépios para acolher o Menino Jesus? De que forma, durante esse ano, estabelecemos contato com os outros? Quais celebrações fizemos da vida? Como compartilhamos as alegrias e traçamos a esperança para os dias vindouros?
A construção do nosso presépio interior nos remete às cenas daquela noite que rompeu a escuridão e, ao mesmo tempo, suscitou a alegria da esperança do cumprimento das promessas da vinda do Salvador.
A dicotomia que se encerra no presépio é muito rica. Entre as dificuldades do caminho, surge um pequeno oásis – o lugar do presépio. O brilho da estrela, o aconchego dos animais, a aproximação dos pastores e a visita dos reis. Na mais simples humildade, na pobreza e no despojamento total, nasce o Menino Jesus, e com Ele, tudo se acende. Louvores são cantados.
Na analogia de nossa vida, várias exclusões e sentimentos de abandono perpassam pelo nosso cotidiano. Porém, quando se tem a presença de Jesus, uma luz nova começa a brilhar.
As dificuldades humanas, muitas vezes, nos provocam enredamento. Não conseguimos vislumbrar saídas possíveis para os desafios que nos espreitam. Com a Sagrada Família não foi diferente: os empecilhos das contingências da vida estavam postos. Entretanto, essa Família, livre das amarras do mundo, trazia no seu coração o BEM maior.
O exemplo de confiança, entrega e simplicidade dessa Família fez com que brilhasse o esplendor do Natal, da Boa Nova a ser anunciada. A presença do Menino não poderia passar despercebida; muito pelo contrário, marcou o mundo e continua abalizando nossas esperanças.
Dessa forma, fica o convite para cada um de nós: observemos com cuidado o presépio interior que preparamos para a chegada do Menino Jesus. Neste sentido, nós, Missionários Leigos Redentoristas, que abraçamos o carisma afonsiano, devemos preparar o nosso presépio interior em sintonia com as práticas Redentoristas, proclamando com alegria a Boa Nova do Natal.
Que as graças e bênçãos deste tempo de advento nos inspirem para sermos sal e fermento neste nosso trabalho missionário.
Autor: Jussara Bueno / MLR - Unidade São José (Belo Horizonte – MG)
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